É Normal Sentir Insegurança na Maternidade?

Sentir insegurança na maternidade é mais comum do que você imagina. Descubra as causas dessa insegurança e como lidar com ela de maneira saudável para viver a maternidade com mais confiança.

Por Gabriella Annechini Di Lorenzo

8/4/20254 min read

Maternidade: É Normal Sentir Insegurança?

Entenda por que esse sentimento é comum e como acolhê-lo com mais leveza

A maternidade é frequentemente retratada como um momento mágico, cheio de amor e plenitude. No entanto, por trás das fotos encantadoras e das frases prontas, existe uma realidade intensa, cheia de descobertas, transformações e, muitas vezes, inseguranças.

Se você é mãe e já se sentiu insegura, com medo de errar ou incapaz diante dos desafios da criação dos filhos, saiba que não está sozinha. Sentir insegurança na maternidade é mais comum do que se imagina e não faz de ninguém uma mãe menos competente ou amorosa.

Neste artigo, vamos conversar sobre os motivos por trás dessa insegurança, como ela se manifesta, e o que pode ajudar a enfrentá-la com mais empatia e equilíbrio. Lembrando sempre que este conteúdo é apenas informativo e não substitui o acompanhamento de um profissional especializado, como psicólogos, terapeutas ou consultores parentais.

Por que a maternidade pode gerar tanta insegurança

A chegada de um filho transforma profundamente a vida de uma mulher. Mudam-se as rotinas, os relacionamentos, a forma como o corpo é percebido e, principalmente, a identidade. É um período de intensas adaptações físicas, emocionais e sociais.

Algumas das razões que contribuem para o surgimento da insegurança nesse processo incluem:

  • Falta de experiência ou referências

  • Excesso de informações contraditórias

  • Comparações com outras mães

  • Pressões externas por um padrão de “maternidade perfeita”

  • Alterações hormonais e emocionais, especialmente no pós-parto

  • Cansaço físico e mental acumulado

Diante de tantas mudanças, é natural que surjam dúvidas, medos e o sentimento de que “não está dando conta”. E isso não significa fraqueza, mas sim humanidade.

É normal duvidar de si mesma?

Sim. É totalmente normal, especialmente nos primeiros meses após o nascimento do bebê, quando tudo é novo e cada decisão parece ter um peso enorme. Desde a escolha entre amamentar ou não, até como colocar o bebê para dormir ou lidar com as primeiras febres.

Mesmo mães experientes, com mais de um filho, podem sentir insegurança em diferentes fases da vida da criança. Afinal, cada filho é único e cada etapa traz novos desafios.

Reconhecer essa vulnerabilidade é o primeiro passo para buscar apoio e seguir com mais leveza.

Como a insegurança se manifesta na prática

A insegurança na maternidade pode aparecer de formas variadas. Veja alguns exemplos comuns:

  • Medo de não ser uma boa mãe

  • Sentimento constante de culpa por decisões tomadas

  • Necessidade excessiva de aprovação externa

  • Ansiedade ao lidar com as necessidades do bebê

  • Dificuldade em confiar no próprio instinto materno

  • Comparações frequentes com outras mães ou crianças

Esses sentimentos, se não acolhidos, podem impactar a autoestima materna e até dificultar o vínculo com o bebê. Por isso, é importante olhar para eles com empatia, e não com cobrança.

O papel da autocompaixão na jornada materna

Um dos caminhos mais saudáveis para lidar com a insegurança é praticar a autocompaixão. Isso significa reconhecer os próprios limites, falar consigo mesma com gentileza e lembrar que errar faz parte do processo.

Você não precisa ser perfeita. Precisa ser presente, real e emocionalmente acessível ao seu filho. E para isso, é essencial cuidar também de si mesma.

Pergunte-se com carinho: “Se uma amiga me dissesse que está se sentindo insegura, como eu responderia a ela?” A resposta provavelmente seria acolhedora. Então, por que não fazer o mesmo consigo?

Como lidar com a insegurança na maternidade de forma mais leve

1. Confie no seu instinto

Você conhece seu filho melhor do que ninguém. Mesmo diante de opiniões diferentes, confie na sua percepção. O instinto materno é uma bússola valiosa e vai se fortalecendo com o tempo.

2. Filtre as informações

Hoje em dia, há uma avalanche de conteúdos sobre maternidade. Embora muitos sejam úteis, outros podem gerar mais ansiedade do que esclarecimento. Escolha fontes confiáveis, como profissionais especializados, e evite comparações nas redes sociais.

3. Permita-se aprender

Ninguém nasce sabendo ser mãe. É um aprendizado contínuo, cheio de ajustes, acertos e erros. Cada erro traz um ensinamento. E cada desafio superado fortalece a sua capacidade.

4. Peça e aceite ajuda

Você não precisa dar conta de tudo sozinha. Contar com a rede de apoio – seja o parceiro, familiares, amigos ou profissionais – é essencial. Aceitar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de sabedoria.

5. Cuide da sua saúde mental

A maternidade exige muito emocionalmente. Ter momentos para si mesma, descansar e buscar apoio psicológico quando necessário são atitudes fundamentais para manter o equilíbrio emocional.

6. Compartilhe experiências

Conversar com outras mães, participar de grupos de apoio ou trocar experiências pode trazer conforto e identificação. Às vezes, ouvir que outras mulheres também se sentem assim alivia o peso da cobrança interna.

Quando procurar ajuda profissional

Se a insegurança for persistente, acompanhada de tristeza profunda, apatia, dificuldade para se conectar com o bebê ou pensamentos negativos recorrentes, é essencial buscar ajuda profissional.

Transtornos como a depressão pós-parto ou a ansiedade materna são reais e tratáveis. Psicólogos, psiquiatras e terapeutas estão preparados para acolher e orientar mães de forma segura e respeitosa.

Conclusão

Sim, é normal sentir insegurança na maternidade. Afinal, cuidar de um ser tão pequeno e dependente é uma responsabilidade enorme. Mas essa insegurança não define quem você é como mãe.

Com informação de qualidade, apoio adequado e autocompaixão, é possível transformar a insegurança em aprendizado, confiança e conexão com o seu filho.

Lembre-se: este artigo tem caráter apenas informativo. Para orientações específicas, dificuldades emocionais ou dúvidas persistentes, procure o acompanhamento de um profissional especializado.

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